23/02/2012

PASSEIO VIRTUAL PELO SÍTIO

No último carnaval, fui para o sítio, atualizei as fotos das nossas plantas e fiz um vídeo que compartilho agora com vcs. No momento de diminuir o tamanho, para não pesar o carregamento, ele perdeu um pouco a qualidade, mas dá pra ter uma boa idéia.
Dica: assista em tela cheia.
abraços a todos!


Caso você tenha alguma dificuldade em visualizar,  tente por AQUI.

16/02/2012

ALÉM DO JARDIM ORIENTAL

Não são apenas os Kuromatsus, Momijis, Kaizukas e Sakuras que tem vez no sítio. Além das plantas tipicamente orientais, também cultivamos outras espécies que ficam perfeitos em Jardins clássicos ou Tropicais.
raphiolepis umbellata
RAPHIOLEPIS

strelitzia, ave do paraíso
STRELITZIA/ AVE DO PARAÍSO

traquicarpus ou cata-vento chinês


14/02/2012

PARQUE DO JAPÃO em MARINGÁ/ PARANÁ



Em 2006 ou 2007, fomos procurados por uma equipe de paisagistas do Paraná, interessados nos nossos KUROMATSUS (Pinheiro Negro), para o projeto de um Jardim Japonês. Esse Jardim faria parte de um parque público a ser construído na cidade de Maringá, em homenagem ao centenário da Imigração Japonesa no Brasil em 2008.


Passados vários anos, o Parque do Japão tomou forma e agora parece estar em fase de finalização.
E a alguns dias atrás recebi algumas fotos dos kuromatsus que saíram do nosso sítio e agora fazem parte do cenário desse belo Jardim Japonês, construído com o apoio de várias entidades privadas em parceria com a Prefeitura do Município de Maringá.

Deixamos aqui um agradecimento especial ao Salo, nosso colega bonsaísta do Forum Atelier do Bonsai, que foi quem tirou e nos enviou todas as fotos (com excessão da primeira, que foi copiado do jornal odiario.com, de Maringá).

Para maiores informações sobre o Parque do Japão, esse é o website deles http://www.parquedojapao.com.br/








12/02/2012

DEVANEIOS SOBRE A SOCIEDADE DESCARTÁVEL


Se esta história é real ou não ... deixo a critério de quem ler.

"Certa vez, uma senhora veio nos procurar para comprar um Kuromatsu para decorar seu estabelecimento comercial. Olha aqui, olha lá, e acaba por escolher um exemplar com cerca de 40 anos,e um trabalho de poda e modelagem que consumiu pelo menos 1000 horas, se tivesse sido feito de forma ininterrupta. Como sempre, orientamos essa pessoa a cerca dos cuidados que devem ser tomados ao transplantar uma planta. ´Olha, minha senhora... você precisa fazer assim, não esqueça disso e daquilo também. Conversa vai, conversa vem...  e: Opa! Peraí... Ambiente fechado não pode! De jeito nenhum! Ar-condicionado também não pode! Isso também não... (...) .Olha, nessas condições  não temos como garantir que ele sobreviva!´
Para nossa surpresa, a resposta dela foi: Não tem problema! O importante é que ela fique viva durante  1 mês, que é o tempo que dura o evento."

É a era do descartável. Em todos os aspectos, a velocidade é o que conta: meu Dell que só tem 1 ano já está ficando ultrapassado. Perder tempo lavando louça? Pra que? É só derrubar outra árvore, pegar a celulose e fazer mais copos descartáveis, e uns lenços de limpeza também, pq hoje em dia, pano de chão também tem que ser descartável.

Pratos, talheres, roupas, música, pessoas, relacionamentos e  plantas. Tudo é descartável.
Conheço um grande número de pessoas que não tem paciência para ouvir Chico Buarque ou Lenine. É bem mais fácil e economiza neurônio ouvir "Nossa, nossa... assim vc me mata...".  


Não sou contra o descartável. Eu também uso vários itens  (e acho lenço de papel a invenção mais higiênica do mundo!) E nem me considero uma pessoa sensível assim. Não faço parte do movimento Greenpeace, sem querer ajudo a poluir o mundo com monóxido de carbono e não consigo deixar de comer carne embora eu ache que os vegetarianos tenham razão. Nunca deixei de chupar laranja  por que ela não é orgânica, nunca participei de mutirão de arvorismo, tampouco sinto pena de plantas de corte, como rosas. Infelizmente elas nasceram pra enfeitar, tem o ciclo de vida curto e tchau. O importante é que a planta continua lá... firme e forte continuando a produzir mais e mais rosas.

Mas às vezes eu sinto dó de algumas plantas. Acho que dó nem seja a palavra certa,  talvez desperdício seja mais adequado. Por exemplo: a grama e algumas outras plantinhas usadas em cenários de eventos e comerciais, muitas vezes saem do set  diretamente para o lixo, se não houver uma boa alma que resolva levá-las para casa.
Vários produtores de plantas muito requisitadas no paisagismo como o buxinho, nem sangram esses arbustos, porque essa prática é  dispendiosa, e encarece  demais pra quem produz de modo industrial. Se a planta vai sobreviver? Quem se importa? É muito mais fácil e lucrativo produzir plantas descartáveis.

E aí voltando a historinha da senhora e o Kuromatsu, eu fico pensando... como assim, não tem problema se ele morrer? E os 40 anos de trabalho despendidos? Será que tudo pode ser resumido a:  " Dane-se... É só uma planta mesmo.  Quem mandou ser tão lerda pra crescer?" 
Esse é o tipo de atitude que  me sensibiliza. Talvez eu esteja levando em conta o apego emocional pelo fato dos Kuromatsus estarem presentes na minha família desde que eu me conheça por gente. Talvez a errada seja eu, que às vezes não me adequo ao pensamento da sociedade moderna. Ou talvez, não.

Quem sabe, os bonsaístas  entendam esse meu sentimento? Enquanto o mundo atual nos cobra pressa, rapidez, produtividade... o bonsai exige calma, espera, perseverança. Não adianta pagar, gritar, xingar e exigir que  fique pronto logo, pois ele tem seu próprio tempo.

Uma das melhores lembranças da minha vida, era de quando eu era criança e meu avô me levava para a roça. Eu sempre pegava a tesoura e ele deixava podar alguns dos seus valiosos pinheirinhos. É lógico que eu devia picotar tudo e  fazer o maior estrago, mas ele sempre dizia: Nossa! Como vc é talentosa! Ficou muito lindo!
Hoje eu entendo que o velho Nagao tinha a sabedoria para entender que  poderia até demorar, mas  o TEMPO o ajudaria  a consertar a minha "arte".

o "coisa fofa" passeando na plantação de Kuromatsu lá no sítio

09/02/2012

CAMÉLIA

detalhe da camélia branca lá no sítio

Nome Científico: Camellia japonica
Sinonímia: Thea japonica
Nome Popular: Camélia, japoneira
Família: Theaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Japão, China e Coréia
Ciclo de Vida: Perene

essa aqui, está esperando o inverno, para poder ser podada



Os mais tradicionalistas não costumam usar flores em jardins Japoneses, mas nos jardins orientais  contemporâneos, é muito difícil não ver um exemplar de sakura, uma glicícia ou uma camélia.
E a camélia é uma boa opção por várias razões: sua folhagem se mantém bonita e brilhante durante  o ano todo e, nos meses de outono e inverno, é coberta por uma floração espetacular.  Dependendo da variedade, as flores da camélia podem ser brancas, rosadas ou vermelhas. (Nós produzimos a do tipo Japônica, e no momento só temos nas cores branca, rosa e mesclada.)
Quando colhidas e colocadas em vasos com água, as flores não devem ser tocadas, pois as pétalas da camélia ficam com manchas amarronzadas que lhe conferem uma aparência de flor passada, velha.
As folhas, muito resistentes e brilhantes, também podem ser usadas para fazer arranjos florais e Ikebana.

detalhe dos botões. Logo darão um espetáculo em flores
camélia rosa

Mamãezita com uma camélia vermelha. Esse exemplar não é daqui do sítio. A foto foi tirada numa rua pública no Japão